Chorume: Tratamento e reúso

Chorume: Tratamento e reúso

Os números referentes à geração de resíduos sólidos revelam um total anual de 78,4 milhões de toneladas no país, o que demonstra uma retomada no aumento em cerca de 1% em relação a 2016 (Abrelpe, 2017).

Quase a totalidade desses recursos está disposta no solo em forma de aterros sanitários, aterros controlados e lixões. O destino correto dos resíduos gerados pela sociedade e pela indústria atual vem sendo uma preocupação muito visada pelos órgãos ambientalistas no mundo inteiro.

A implantação de aterros sanitários nos municípios, para posterior extinção dos antigos “lixões” e aterros controlados que ainda imperam em municípios de pequeno porte no Brasil, é uma das medidas que vem sendo tomadas pelos governantes para atender este apelo ambiental, como a implantação da PNRS 2010 (Política Nacional de Resíduos Sólidos), que visa regularizar a disposição ambientalmente adequada de resíduos sólidos no país, com medidas regulamentares do Governo Federal, em parceria com Estados, Distrito Federal, Municípios ou particulares.

Os aterros sanitários têm papel importante e necessário para o processo de descarte de rejeitos sólidos. No entanto, a decomposição do lixo orgânico armazenado libera um líquido difícil de ser tratado.

A maior parte do lixo gerado no Brasil é matéria orgânica, principalmente restos de comida. A decomposição desses resíduos provoca o aparecimento do denominado “percolado (lixiviado) de aterro sanitário” que, em junção com a água da chuva, formam o conhecido “chorume”, o suco do lixo, constituído basicamente de uma mistura de substâncias orgânicas e inorgânicas, compostos em solução e em estado coloidal e diversas espécies de microrganismos. Macroscopicamente apresenta-se como um líquido viscoso e mal cheiroso, geralmente de cor muito escura, tóxico e que contamina o solo e o lençol freático.

A produção de lixiviado é inevitável, pois não é possível o controle total sobre todas as fontes de umidade que interagem com o resíduo sólido promovendo a percolação no mesmo durante a decomposição.

Caso o chorume fique à céu aberto, ele gerará mau cheiro e liberará gases que, além de provocarem o efeito estufa, acabam atraindo aves carniceiras, moscas e outras espécies que transmitem doenças.

Caso o chorume seja despejado diretamente no solo, irá escorrer até o lençol freático e contaminar a água que será posteriormente extraída para uso humano.

A geração de lixiviados constitui-se na principal preocupação quanto à degradação ambiental de áreas localizadas próximas ao local de disposição final dos resíduos sólidos urbanos, uma vez que o tratamento desses efluentes tem se mostrado um grande desafio devido a sua complexidade no que diz respeito a sua composição. Na maioria dos aterros do país, não há tratamento adequado para o chorume.

O tratamento inadequado do chorume pode trazer consequências para toda uma comunidade que se encontra ao redor do mesmo ecossistema, partilhando dos mesmos recursos naturais, especialmente da água. Por isso, seu tratamento deve ser prioritário nos aterros.

Tratamento do Chorume

Chorume: Tratamento e reúso

As tecnologias de proteção e de recuperação do meio ambiente têm conseguido resultados revolucionários no Brasil e no mundo. O chorume já pode ser transformado em água pura.

Tratar corretamente esse resíduo é obrigação estabelecida em lei, além de um compromisso com o meio ambiente. No entanto, há muitos indicadores que dificultam o processo:

· Volume muito variável com a combinação da chuva e do processo de decomposição do lixo;

· Elevada carga orgânica e poluidora na composição;

· Resistência aos métodos convencionais de tratamento;

· Destinação final do chorume tratado para um corpo d’água;

· Atendimento às normas e regras ambientais exigidas.

Assim, operar uma estação de tratamento de chorume torna-se um desafio que necessita de muito estudo para que seja definida a melhor alternativa, levando em conta segurança ambiental, adequação às exigências legais e garantia de qualidade do processo.

Não é possível levar o chorume para estações de tratamento de esgoto que não tratam chorume. Diluem apenas.

Depois de coletado, o líquido inicia o ciclo na estação de tratamento do chorume, em que é tratado para reutilização ou descarte. Os tratamentos podem ser biológicos, por oxidação, ou químicos. A Estação de Tratamento de chorumes podem incluir as seguintes etapas:

pré-tratamento;

· Decantação primária;

· Físico-químico;

· Remoção biológica por nitrificação – desnitrificação;

· Biorreator com membranas (MBR);

· Nanofiltração/Osmose inversa

· Carvão ativado;

· Processos Oxidativos Avançados (POA).

Através do inédito projeto de transformação do chorume do aterro sanitário da cidade em água de reuso, a Prefeitura de Guarulhos pode economizar anualmente cerca de R$ 5 milhões. A proposta pioneira no país está em fase final de análise e pode ser implantada ainda neste ano. A administração municipal não descarta a comercialização do serviço para outros municípios.

Nas estações de tratamento de chorume, 95% do chorume vira água e os outros 5% são transformados em resíduo, na forma de um lodo sólido, sendo que este resíduo pode ser utilizado em processos de compostagem para que sejam transformados em adubo orgânico.

No aterro de Cariacica, no Espírito Santo, 130 mil litros de chorume por dia são transformados em água tratada e adubo.

Em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, o tratamento do chorume é feito utilizando a tecnologia de membranas. O chorume recolhido do aterro é bombeado para uma miniestação de tratamento que cabe em um contêiner. Equipamentos de última geração filtram o chorume. Membranas de Osmose Inversa só deixam passar as moléculas de água. O resultado do processo é água pura, destilada. O que era problema virou solução. Uma economia de R$ 300 mil em apenas dois meses.

A água gerada pode ser vendida para indústrias que necessitam de água com alta pureza, aumentando ainda mais o retorno sobre o investimento e os lucros.

A Flush Engenharia desenvolve projetos personalizados com consultores especializados, utilizando tecnologias avançadas de tratamento de efluentes, incluindo o chorume, possibilitando a produção de água de excelente qualidade para reuso em diferentes finalidades.

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Por Gabriela Marques dos Ramos


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